TGFE - Tópicos de Física Geral e Experimental
Prof° Junior - História.
Civilizações Antigas
Civilização Egípcia
- Desenvolvimento às margens do Rio Nilo.
- Política centralizada na pessoa do Faraó, que tinha poderes
absolutos.
- Construção das Pirâmides de Guizé por volta de + ou – 3000 a.c.
- Desenvolvimento da Astronomia e Calendários astronômicos. ( Obs.:
Baseado principalmente na contagem dos números de fases lunares, para auxiliar
na agricultura e estações do ano, assim como as monções ).
- Desenvolvimento da Geometria e Sistemas de Medições. ( Obs.: Para
auxiliar nas construções, assim como para delimitar áreas onde a população
desenvolvia a agricultura e pecuária, com uma ferramenta feira de cordas e nós,
cujas distâncias eram dadas em braças ).
- Criação de Sistema de Numeração próprio, decimal não posicional.
( Obs.: O sistema era escrito em forma de símbolos ( hieróglifos ), onde cada
figura representava uma unidade ).
- Forte influência Religiosa, dada por vários deuses ( politeísmo ) , onde cada um
representava um elemento celestial ou da natureza ).
- Criação do Papiro. ( Obs.: uma forma ancestral do papel da
modernidade, feito com as fibras de uma gramínea que crescia às margens do Rio
Nilo ) .
- Elaboração de Cálculos Matemáticos e Físicas ( Obs.: comprovada
nos papiros de Rhind decifradas em meados do Século XX, onde ficou evidente
profundos conhecimentos de trigonometria e as principais operações aritméticas
).
Civilização Babilônica.
- Surgiu às margens dos Rios Tigre e Eufrates por volta de + ou –
3000 a.c.
- Desenvolveram a Agricultura, a Pecuária e Métodos de Irrigação.
- Desenvolveram a Arquitetura.
- Era constituída por três civilizações proeminentes da
Antiguidade: Sumérios, Persas e Babilônios.
Eram sociedades politeístas. ( Obs.: com diversos deuses ligados a
astrologia e fenômenos da natureza ).
- Desenvolveram Sistemas de Moeda e Matemática Financeira.
- Desenvolveram um Calendário Astronômico com 360 dias.
- Desenvolveram a Geometria e Equações Algébricas.
- Desenvolveram a Escrita em um sistema Cuneiforme. ( Obs.: este
sistema de escrita era praticamente elaborada por figuras cunhadas em moldes e
impressas em uma placa de argila ).
- Criaram um Sistema de Numeração e Contagem Sexagenário.
Civilização Grega Antiga
- Surgimento por volta de
aproximadamente 800 a 700 a.c.
- Religião politeísta e mitológica.
- Criação dos Sistemas de Governo baseados na figura de um Rei e no
Senado ( Obs.: sistema ancestral da República atual ).
- Convivência em Cidades Estados, onde cada uma tinham leis e
governantes próprios.
- Desenvolvimento da Astronomia.
- Desenvolvimento do Comércio.
- Criação Sistema de Escrita baseada em letras, alfabeto, bem
similares e pré - pulsoras das utilizadas pela sociedade na atualidade ).
- Criação Sistema Numérico Decimal Ordenado simbolizada por
Algarismos, os mesmos utilizados na atualidade.
- Desenvolvimento da Arquitetura.
- Criação do Calendário.
- Desenvolvimento da Filosofia.
- Desenvolvimento da Física e Matemática.
- Desenvolvimento das Ciências Humanas. ( Medicina, Farmácia,
Psicologia, Astrologia, Química, etc...).
Período Pré- Socrática
- Este Período que ocorreu aproximadamente no século V a.c., foi
marcado principalmente pelos Jônios, provenientes da região de Mileto, onde os
principais nomes foram Tales, Leucipo, Decrócrito e Anaximandro, entre outros,
contudo também foi onde surgiu uma das principais escolas dedicada ao estudo da
geometria, e seu criador foi Pitágoras.
Tales de Mileto
Segundo a tradição clássica da filosofia ocidental, o
primeiro teórico a formular um pensamento mais sistemático fundado em bases
racionais foi o grego Tales (cerca de 625 a.C. – 558 a.C.). Sendo o fundador
dessa nova forma de pensar, ele é considerado o primeiro filósofo de que se tem
notícia, inaugurando a linhagem filosófica dos pré-socráticos (filósofos que
vieram antes de Sócrates).
Nascido na cidade de Mileto, uma colônia
grega na região da Jônia (atual Turquia), Tales foi matemático, astrônomo e
negociante. Herdeiro de conhecimentos ainda mais antigos — como a matemática
egípcia e a astronomia babilônica — Tales era tido em sua cidade como um sábio,
mas também como um homem prático: conta-se que, utilizando suas habilidades,
soube prosperar como um hábil mercador.
O que sabemos sobre as ideias desse filósofo resulta de comentários
feitos pelos pensadores gregos que o sucederam, pois não há preservados
registros escritos de sua autoria. As principais referências que temos a seu
respeito vêm do filósofo Aristóteles.
Tales inaugurou na filosofia a corrente dos pensadores
“físicos”: filósofos que buscavam entender e explicar a origem da physis — palavra grega traduzida como
natureza, mas cujo significado engloba também a ideia de origem, movimento e
transformação de todas as coisas.
Segundo Tales, a origem de todas as coisas estava no elemento
água: quando densa, transformaria-se em terra; quando aquecida, viraria vapor
que, ao se resfriar, retornaria ao estado líquido, garantindo assim a
continuidade do ciclo. Nesse eterno movimento, aos poucos novas formas de vida
e evolução iriam se desenvolvendo, originando todas as coisas existentes.
Lançando um olhar crítico, tornam-se evidentes as brechas
neste raciocínio. Por exemplo, o que dá início a este movimento e o que o
mantém? Como um único elemento, a água, poderia se transformar em outra coisa?
Essas falhas, que aos olhos científicos de hoje são evidentes,
eram vistas de outra forma na época. Vale lembrar que no momento em que as
ideias de Tales foram criadas, os pensamentos racional e filosófico ainda eram
bastante povoados por elementos mágicos e mitológicos. Portanto, para um grego
antigo, a ideia de que uma coisa simples como a água pudesse se transformar em
outra coisa não era absurda.
O grande mérito de Tales, na verdade, não foi a sua
explicação aquática da realidade: foi o fato de que, pela primeira vez na
história, o homem buscava uma explicação totalmente racional para o seu mundo,
deixando de lado a interferência dos deuses.
Tales pode ser tido também como o pai da filosofia unitarista — que busca a
explicação de todas as coisas a partir de um único princípio (no caso dele, a
água) — e que teria seu maior expoente na figura de Heráclito de Éfeso.
A partir de sua teoria, diversos filósofos pré-socráticos
buscaram seus próprios caminhos para explicar a physis. Tales, Anaximandro e
Anaxímenes formaram o trio da chamada Escola de Mileto e ficaram conhecidos
como os physiologoi(estudiosos
da physis).
Era o início da filosofia e do esforço humano em compreender o espetáculo da
existência a partir da racionalidade.
Resumo
- Nascido
na cidade de Tales, idealizou e comprovou em Teorema que duas retas inclinadas
cortadas por retas paralelas mantém as devidas proporções das distâncias a e
relação entre os ângulos, na interseção destas retas.
Pitágoras
Pitágoras, o fundador da escola pitagórica,
nasceu em Samos pelos anos 571-70 a.C. Em 532-31 foi para a Itália, na Magna
Grécia, e fundou em Crotona, colônia grega, uma associação
científico-ético-política, que foi o centro de irradiação da escola e encontrou
partidários entre os gregos da Itália meridional e da Sicília. Pitágoras
aspirava - e também conseguiu - a fazer com que a educação ética da escola se
ampliasse e se tornasse reforma política; isto, porém, levantou oposições
contra ele e foi constrangido a deixar Crotona, mudando-se para Metaponto, aí
morrendo provavelmente em 497-96 a.C.
Segundo o pitagorismo, a essência, o
princípio essencial de que são compostas todas as coisas, é o número, ou seja, as relações matemáticas. Os
pitagóricos, não distinguindo ainda bem forma, lei e matéria, substância das
coisas, consideraram o número como sendo a união de um e outro elemento. Da
racional concepção de que tudo é regulado segundo relações numéricas, passa-se
à visão fantástica de que o número seja a essência das coisas.
Mas, achada a substância una e imutável
das coisas, os pitagóricos se acham em dificuldades para explicar a
multiplicidade e o vir-a-ser, precisamente mediante o uno e o imutável. E
julgam poder explicar a variedade do mundo mediante o concurso dos opostos, que
são - segundo os pitagóricos - o ilimitado e o limitado, ou seja, o par e o
ímpar, o imperfeito e o perfeito. O número divide-se em par, que não põe
limites à divisão por dois, e, por conseguinte, é ilimitado (quer dizer,
imperfeito, segundo a concepção grega, a qual via a perfeição na determinação);
e ímpar, que põe limites à divisão por dois e, portanto, é limitado,
determinado, perfeito. Os elementos constitutivos de cada coisa - sendo cada
coisa número - são o par e o ímpar, o ilimitado e o limitado, o pior e o
melhor. Radical oposição esta, que explicaria o vir-a-ser e o múltiplice, que
seriam reconduzidos à concordância e à unidade pela fundamental harmonia
(matemática), que governa e deve governar o mundo material e moral, astronômico
e sonoro.
Escola Pitagórica
( Fundador Pitágoras em
aproximadamente século V a.C. )
-
Acreditavam em um criador que residia em uma região chamada Fogo Central (
Elemento Central o fogo ).
-
Tinham uma sociedade secreta baseada em seita e conceitos da geometria.
-
Acreditavam que as circunferências e as esferas eram as figuras geométricas
perfeitas.
- Foram
descobridores do ¶ “pi”.
-
Desenvolveram a Geometria como um todo.
-
Foram criadores do Teorema de Pitágoras e as relações entre os ângulos de um
triângulo. (Obs.: hip.2 = cat.12 + cat.22
e neste conceito elaborou a lei dos senos e cossenos e as relações entre medidas
lineares e os ângulos de um triângulo).
- Desenvolveram
estudos do Monocórdio e a relação entre a matemática e a divisão fracionária de
uma corda sobre tensão e relacionaram a harmonia dos sons.
-
Acreditavam que todo Universo era regido por uma harmonia.
Leucipo e Demócrito ( aproximadamente
séc. IV a.C )
Leucipo de Mileto (nascido em 500 a C.) e seu discípulo
Demócrito de Abdera (460 a.C.) são geralmente apresentados juntos porque seus
pensamentos constituem uma única doutrina reunida em vários textos conhecidos
como a obra
da escola de Abdera. Essa obra refere-se ao que chamamos de atomismo.
O
átomo (do grego a-tomos, o não divisível, não mais cortável) é para esses
filósofos o elemento primordial da Natureza.
São indivisíveis, maciços, indestrutíveis, eternos e invisíveis, podendo ser
concebidos somente pelo pensamento, nunca percebidos pelos sentidos.
A phýsis (natureza) é composta por um número
ilimitado de átomos. Os átomos podem existir de formas variadas e habitam uma
outra forma de infinitude: o vazio. Neste, os átomos se agregam, se desagregam,
se deslocam, formando os seres que percebemos pelos sentidos (movimento).
Significa
dizer que segundo a teoria atomística, só existem átomos e vazio. Significa
também que nossos sentidos percebem uma realidade transitória, mutável, mas
ilusória, porque mesmo que apreendamos as mutações das coisas, no fundo, os
elementos primordiais que constituem essa realidade jamais se alteram.
Assim,
a mudança, a mutação, as transformações são explicadas pela agregação ou
desagregação de elementos primordiais que somente conseguimos conhecer pelo
pensamento. Não se trata de dizer que os sentidos provocam, então, ilusão, mas
que o que sabemos pela percepção, por ser transitório, não se refere ao
conhecimento, uma vez que o saber estaria em conhecer as formas dos átomos (se
quadrada, redonda, triangular, etc.) para se compreender como cada umas destas
designam uma qualidade dos objetos que percebemos (como por exemplo, um átomo
triangular determinar uma cor ou um sabor).
Foi
a partir da releitura desses pensadores que as pesquisas que culminaram com a descoberta do
átomo pelos cientistas do século XIX (John Dalton e a seguir os modelos de
Rutherford-Bohr) foram iniciadas. Porém, o átomo como nós o concebemos hoje já
é subdivido em várias outras partículas como prótons, nêutrons e elétrons. Mas
permanece o pensamento original de que a matéria ainda pode ter sua menor
partícula indivisível.
Resumo
- Ambos
acreditavam no conceito de Átomo e que os elementos fundamentais da matéria
eram 4 ( fogo, terra, ar e água ), se prostraram nas idéias de que os átomos
constituem todos os corpos.
-
Definição de que o átomo é uma partícula indivisível e invisível.
-
Demócrito, discípulo de Leucipo, acreditava que os átomos estavam em movimento
e chocavam-se entre si dentro dos corpos.
Período Pós – Socrático
Sócrates
Quem valorizou a descoberta do homem
feita pelos sofistas, orientando-a para os valores universais, segundo a via
real do pensamento grego, foi Sócrates. Nasceu Sócrates em 470 ou 469 a.C., em
Atenas, filho de Sofrônico, escultor, e de Fenáreta, parteira. Aprendeu a arte
paterna, mas dedicou-se inteiramente à meditação e ao ensino filosófico, sem
recompensa alguma, não obstante sua pobreza. Desempenhou alguns cargos
políticos e foi sempre modelo irrepreensível de bom cidadão. Combateu a
Potidéia, onde salvou a vida de Alcebíades e em Delium, onde carregou aos
ombros a Xenofonte, gravemente ferido. Formou a sua instrução sobretudo através
da reflexão pessoal, na moldura da alta cultura ateniense da época, em contato
com o que de mais ilustre houve na cidade de Péricles.
Inteiramente absorvido pela sua vocação,
não se deixou distrair pelas preocupações domésticas nem pelos interesses
políticos. Quanto à família, podemos dizer que Sócrates não teve, por certo,
uma mulher ideal na quérula Xantipa; mas também ela não teve um marido ideal no
filósofo, ocupado com outros cuidados que não os domésticos.
Quanto à política, foi ele valoroso
soldado e rígido magistrado. Mas, em geral, conservou-se afastado da vida
pública e da política contemporânea, que contrastavam com o seu temperamento
crítico e com o seu reto juízo. Julgava que devia servir a pátria conforme suas
atitudes, vivendo justamente e formando cidadãos sábios, honestos, temperados -
diversamente dos sofistas, que agiam para o próprio proveito e formavam grandes
egoístas, capazes unicamente de se acometerem uns contra os outros e escravizar
o próximo.
Entretanto, a liberdade de seus
discursos, a feição austera de seu caráter, a sua atitude crítica, irônica e a
conseqüente educação por ele ministrada, criaram descontentamento geral,
hostilidade popular, inimizades pessoais, apesar de sua probidade. Diante da
tirania popular, bem como de certos elementos racionários, aparecia Sócrates
como chefe de uma aristocracia intelectual. Esse estado de ânimo hostil a
Sócrates concretizou-se, tomou forma jurídica, na acusação movida contra ele
por Mileto, Anito e Licon: de corromper a mocidade e negar os deuses da pátria
introduzindo outros. Sócrates desdenhou defender-se diante dos juizes e da
justiça humana, humilhando-se e desculpando-se mais ou menos. Tinha ele diante
dos olhos da alma não uma solução empírica para a vida terrena, e sim o juízo
eterno da razão, para a imortalidade. E preferiu a morte. Declarado culpado por
uma pequena minoria, assentou-se com indômita fortaleza de ânimo diante do
tribunal, que o condenou à pena capital com o voto da maioria.
.Platão
Diversamente de Sócrates , que era
filho do povo, Platão nasceu em Atenas, em 428 ou 427 a.C., de pais
aristocráticos e abastados, de antiga e nobre prosápia. Temperamento artístico
e dialético - manifestação característica e suma do gênio grego - deu, na
mocidade, livre curso ao seu talento poético, que o acompanhou durante a vida
toda, manifestando-se na expressão estética de seus escritos; entretanto isto
prejudicou sem dúvida a precisão e a ordem do seu pensamento, tanto assim que
várias partes de suas obras não têm verdadeira importância e valor filosófico.
Aos vinte anos, Platão travou relação
com Sócrates - mais velho do que ele quarenta anos - e gozou por oito anos do
ensinamento e da amizade do mestre. Quando discípulo de Sócrates e ainda
depois, Platão estudou também os maiores pré-socráticos. Depois da morte do
mestre, Platão retirou-se com outros socráticos para junto de Euclides, em
Mégara.
Daí deu início a suas viagens, e fez um
vasto giro pelo mundo para se instruir (390-388). Visitou o Egito, de que
admirou a veneranda antigüidade e estabilidade política; a Itália meridional,
onde teve ocasião de travar relações com os pitagóricos (tal contato será
fecundo para o desenvolvimento do seu pensamento); a Sicília, onde conheceu
Dionísio o Antigo, tirano de Siracusa e travou amizade profunda com Dion,
cunhado daquele. Caído, porém, na desgraça do tirano pela sua fraqueza, foi
vendido como escravo. Libertado graças a um amigo, voltou a Atenas.
Em Atenas, pelo ano de 387, Platão
fundava a sua célebre escola, que, dos jardins de Academo, onde surgiu, tomou o
nome famoso de Academia. Adquiriu, perto de Colona, povoado da
Ática, uma herdade, onde levantou um templo às Musas, que se tornou propriedade
coletiva da escola e foi por ela conservada durante quase um milênio, até o
tempo do imperador Justiniano (529 d.C.).
Aristóteles ( aproximadamente 380 a.C )
Este grande filósofo grego, filho de
Nicômaco, médico de Amintas, rei da Macedônia, nasceu em Estagira, colônia
grega da Trácia, no litoral setentrional do mar Egeu, em 384 a.C. Aos dezoito
anos, em 367, foi para Atenas e ingressou na academia platônica, onde ficou por
vinte anos, até à morte do Mestre. Nesse período estudou também os filósofos
pré-platônicos, que lhe foram úteis na construção do seu grande sistema.
Em 343 foi convidado pelo Rei Filipe
para a corte de Macedônia, como preceptor do Príncipe Alexandre, então jovem de
treze anos. Aí ficou três anos, até à famosa expedição asiática, conseguindo um
êxito na sua missão educativo-política, que Platão não conseguiu, por certo, em
Siracusa. De volta a Atenas, em 335, treze anos depois da morte de Platão,
Aristóteles fundava, perto do templo de Apolo Lício, a sua escola. Daí o nome
de Liceu dado à sua
escola, também chamada peripatética devido ao costume de dar lições, em
amena palestra, passeando nos umbrosos caminhos do ginásio de Apolo. Esta
escola seria a grande rival e a verdadeira herdeira da velha e gloriosa
academia platônica. Morto Alexandre em 323, desfez-se politicamente o seu
grande império e despertaram-se em Atenas os desejos de independência,
estourando uma reação nacional, chefiada por Demóstenes. Aristóteles, malvisto
pelos atenienses, foi acusado de ateísmo. Preveniu ele a condenação,
retirando-se voluntariamente para Eubéia, Aristóteles faleceu, após
enfermidade, no ano seguinte, no verão de 322. Tinha pouco mais de 60 anos de
idade. A respeito docaráter de Aristóteles, inteiramente recolhido
na elaboração crítica do seu sistema filosófico, sem se deixar distrair por
motivos práticos ou sentimentais, temos naturalmente muito menos a revelar do
que em torno do caráter de Platão, em que, ao contrário, os motivos políticos,
éticos, estéticos e místicos tiveram grande influência. Do diferente caráter
dos dois filósofos, dependem também as vicissitudes exteriores das duas vidas,
mais uniforme e linear a de Aristóteles, variada e romanesca a de Platão.
Aristóteles foi essencialmente um homem de cultura, de estudo, de pesquisas, de
pensamento, que se foi isolando da vida prática, social e política, para se
dedicar à investigação científica. A atividade literária de Aristóteles foi
vasta e intensa, como a sua cultura e seu gênio universal. "Assimilou
Aristóteles escreve magistralmente Leonel Franca todos os conhecimentos
anteriores e acrescentou-lhes o trabalho próprio, fruto de muita observação e
de profundas meditações. Escreveu sobre todas as ciências, constituindo algumas
desde os primeiros fundamentos, organizando outras em corpo coerente de
doutrinas e sobre todas espalhando as luzes de sua admirável inteligência. Não
lhe faltou nenhum dos dotes e requisitos que constituem o verdadeiro filósofo:
profundidade e firmeza de inteligência, agudeza de penetração, vigor de
raciocínio, poder admirável de síntese, faculdade de criação e invenção aliados
a uma vasta erudição histórica e universalidade de conhecimentos científicos. O
grande estagirita explorou o mundo do pensamento em todas as suas direções.
Pelo elenco dos principais escritos que dele ainda nos restam, poder-se-á
avaliar a sua prodigiosa atividade literária". A primeira edição completa
das obras de Aristóteles é a de Andronico de Rodes pela metade do último século a.C.
substancialmente autêntica, salvo uns apócrifos e umas interpolações. Aqui
classificamos as obras doutrinais de Aristóteles do modo seguinte, tendo
presente a edição de Andronico de Rodes.
Resumo
- Foi
Discípulo de Platão, o criador da Academia, edificação dedicada a discutir
assuntos pertinentes à Filosofia e a realizar experimentos relacionados à
Física e outras Ciências e teve sua construção ao lado de um tempo. Platão era
discípulo de Sócrates o pai da Filosofia.
-
Realizou diversos estudos, entre eles Botânica, Ética, Moral, Política,
Anatomia, Filosofia e Física ( Phisyke = Natureza, onde denomina uma subdivisão
da Filosofia dedicada a estudos da Natureza, na tentativa de tentar
compreendê-las ).
- Aplicou
estudos da Física, e suas teorias eram baseadas na observação e na lógica,
-
Acreditava que tudo no Universo eram constituídos não por 4, mas sim por 5
elementos fundamentais, os 4 fogo, terra, ar e água + um 5° chamado éter, que
ele acreditava ser um elemento presente no cosmos.
-
Seu modo de pensar era o senso comum, ou bom-senso.
- Foi
o pré- pulsor da ideia que o Planeta Terra era o centro do Universo.
-
Foi professor e tutor particular de Alexandre – O Grande.
- Reafirmou
o conceito grego de que as mulheres e
crianças deviam ser protegidos, nos ideais que as mulheres deveriam ficar em
suas casas cuidando da família e dos filhos e que a boa mulher era àquela que dava
um filho ao se esposo ou companheiro, e se nesta ocasião o filho fosse Homem
ela era mais valorosa ainda.